sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

A justiça e o amor de Deus




Por Davi Faria de Caires*


"Porque Deus tanto amou o mundo que deu seu filho unigênito para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" - João 3.16


Deus nos ama tanto que, entre todas as coisas que foram criadas, o homem é a única criatura que foi feita à imagem e semelhança de Deus. Os anjos, com todo poder e capacidade que possuem, não foram feitos à imagem de Deus. O Arcanjo Miguel, com toda a importância que possui não foi feito à imagem de Deus. As estrelas do universo, com toda a grandeza que possuem não foram feitos à imagem de Deus. Somos a única criatura feita à imagem de Deus. Conforme Gênesis 1.27 "Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou, homem e mulher os criou". Deus é trino: Pai, Filho e Espírito Santo. Nós, como sua imagem e semelhança também somos trinos: espírito, alma e corpo.
Ele não apenas nos ama, mas ele também ama a si mesmo! Temos isso em 2 Reis 19.34: “Eu a defenderei e a salvarei, por amor de mim mesmo e do meu servo Davi’ ”. Neste contexto, Senaqueribe, rei da Assíria desafia o povo de Israel e insulta a Deus. O Rei Ezequias humilha-se perante Deus e ora pedindo proteção a Deus. Através do profeta Isaías Deus promete a salvação ao povo, não for amor ao povo, mas sim por amor d’Ele mesmo.
A bíblia é clara: Cristo veio para conquistar a nossa salvação por causa do amor fiel (ou misericórdia) de Deus e da sua justiça.  Amor de Deus é realçado em João 3.16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. A justiça de Deus é reafirmada quando Paulo escreve que Deus ofereceu Jesus como “uma propiciação” (Romanos 3.25), isto é, um sacrifício que leva a ira de Deus para que, assim, Deus olhe de modo favorável para nós. Paulo diz que isso foi feito para demonstração de sua justiça e também “para que ele seja justo”. Vejamos: “Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus, para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus” (Romanos 3.25,26). Em outras palavras, os pecados que Deus deixou de punir anteriormente ou não puniu antes de Cristo vir à terra tinham de ser punidos de alguma forma se Deus quisesse ser justo. Portanto, alguém teria de sofrer o castigo por aqueles pecados, e esse alguém foi Jesus. Na vida e morte de Jesus, encontramos a expressão completa da justiça de Deus (o pecado é punido) e do amor fiel (Deus deu o seu próprio Filho para levar o castigo).
Então hoje Deus nos ama por causa de sacrifício de Cristo. Antes de olhar para nós, ele olha para o sacrifício do seu filho amado. Vemos aí o cumprimento da promessa feita no início dos tempos em Gênesis 3.15: "Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar”. João 3.16, portanto, é o cumprimento de Gênesis 3.15. O homem falhou; o homem falha, mas junto com a queda veio a promessa de salvação em Jesus Cristo. E assim o fez por sua bendita justiça e por seu inefável amor.



Sobre o autor:
Davi Faria de Caires
Cristão protestante, casado, residente e natural de Campinas-SP, é membro da Igreja Batista Regular no Jd Liza (Campinas-SP). Músico formado pela Escola Livre de Música (UNICAMP), formado em Psicologia (PUCCAMP) e em Gestão de Recursos Humanos (UNIDERP); graduando em Teologia pela Faculdade Batista Teológica de Campinas (FTBC) e pelo Centro Universitário Filadélfia (UniFil). Psicólogo clínico com atuação em Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) e em Desenvolvimento Humano Organizacional (DHO) na Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). Criador do Grupo de Estudos Teologia com Propósito®Contato: davifariadecaires@gmail.com


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