Por Davi
Faria de Caires*
"Porque Deus tanto amou o mundo que deu seu filho unigênito para
que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" - João 3.16
Deus nos ama tanto que, entre
todas as coisas que foram criadas, o homem é a única criatura que foi feita à
imagem e semelhança de Deus. Os anjos, com todo poder e capacidade que possuem,
não foram feitos à imagem de Deus. O Arcanjo Miguel, com toda a importância que
possui não foi feito à imagem de Deus. As estrelas do universo, com toda a
grandeza que possuem não foram feitos à imagem de Deus. Somos a única criatura feita
à imagem de Deus. Conforme Gênesis 1.27 "Criou Deus o homem à sua imagem,
à imagem de Deus o criou, homem e mulher os criou". Deus é trino: Pai, Filho
e Espírito Santo. Nós, como sua imagem e semelhança também somos trinos:
espírito, alma e corpo.
Ele não apenas nos ama, mas
ele também ama a si mesmo! Temos isso em 2 Reis 19.34: “Eu a defenderei e a
salvarei, por amor de mim mesmo e do meu servo Davi’ ”. Neste contexto, Senaqueribe,
rei da Assíria desafia o povo de Israel e insulta a Deus. O Rei Ezequias
humilha-se perante Deus e ora pedindo proteção a Deus. Através do profeta
Isaías Deus promete a salvação ao povo, não for amor ao povo, mas sim por amor
d’Ele mesmo.
A bíblia é clara: Cristo veio para
conquistar a nossa salvação por causa do amor fiel (ou misericórdia) de Deus e
da sua justiça. Amor de Deus é realçado
em João 3.16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. A
justiça de Deus é reafirmada quando Paulo escreve que Deus ofereceu Jesus como
“uma propiciação” (Romanos 3.25), isto é, um sacrifício que leva a ira de Deus
para que, assim, Deus olhe de modo favorável para nós. Paulo diz que isso foi
feito para demonstração de sua justiça e também “para que ele seja justo”.
Vejamos: “Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para
demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a
paciência de Deus, para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para
que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus” (Romanos
3.25,26). Em outras palavras, os pecados que Deus deixou de punir anteriormente
ou não puniu antes de Cristo vir à terra tinham de ser punidos de alguma forma
se Deus quisesse ser justo. Portanto, alguém teria de sofrer o castigo por
aqueles pecados, e esse alguém foi Jesus. Na vida e morte de Jesus, encontramos
a expressão completa da justiça de Deus (o pecado é punido) e do amor fiel
(Deus deu o seu próprio Filho para levar o castigo).
Então hoje Deus nos ama por
causa de sacrifício de Cristo. Antes de olhar para nós, ele olha para o
sacrifício do seu filho amado. Vemos aí o cumprimento da promessa feita no
início dos tempos em Gênesis 3.15: "Porei inimizade entre você e a mulher,
entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você
lhe ferirá o calcanhar”. João 3.16, portanto, é
o cumprimento de Gênesis 3.15. O homem falhou; o homem falha, mas junto com a
queda veio a promessa de salvação em Jesus Cristo. E assim o fez por sua
bendita justiça e por seu inefável amor.
Sobre o autor:
Davi Faria de Caires
Cristão protestante, casado, residente e natural de Campinas-SP, é membro da Igreja Batista Regular no Jd Liza (Campinas-SP). Músico formado pela Escola Livre de Música (UNICAMP), formado em Psicologia (PUCCAMP) e em Gestão de Recursos Humanos (UNIDERP); graduando em Teologia pela Faculdade Batista Teológica de Campinas (FTBC) e pelo Centro Universitário Filadélfia (UniFil). Psicólogo clínico com atuação em Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) e em Desenvolvimento Humano Organizacional (DHO) na Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). Criador do Grupo de Estudos Teologia com Propósito®. Contato: davifariadecaires@gmail.com
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