segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

O Argumento Cosmológico da existência de Deus




por Davi Faria de Caires



Em tempos de ceticismo religioso, parece não haver espaço para a fé no presente século. O debate sobre a existência de Deus é tão antigo quanto a humanidade. Porém, em tempos pós iluminismo, nossa era cientifista e naturalista pretende banir a fé do debate público, à guisa de pretensa superioridade lógica, metodológica e epistemológica. O cristão não deve ficar alheio a este debate. Pelo contrário, ele é desafiado pela a fornecer justificativas racionais para a fé cristã (1 Pedro 3.15,16), santidade, conhecimento e mansidão. Entretanto, é possível saber que Deus existe? Quais são os argumentos sobre a sua existência? Sim, existem argumentos racionais favoráveis à existência de Deus, tais como o argumento cosmológico, o argumento do design e o argumento moral.  Neste espaço, vamos nos ater somente ao primeiro: o argumento cosmológico. 

O argumento cosmológico sobre a existência de Deus é um argumento que foi criado pelos muçulmanos na idade média. É o argumento 'KALAM', um termo derivado do vocábulo árabe que designa a escola islâmica medieval, o movimento intelectual responsável pelo desenvolvimento desse argumento. O objetivo desse argumento é refutar a teoria da eternidade do universo. Os gregos trabalhavam com a concepção de que o universo era eterno, e que sempre existiu. Para os hebreus, contudo, o universo teve um início: "no princípio, criou Deus os céus e a terra" (Gênesis 1.1). O argumento Kalam irá mostrar que o universo teve um início e que como nada surge do nada, então uma causa transcedente (Deus) deu causa ao universo. Esse debate já intrigou cientistas na história. Einstein, por exemplo, odiava a ideia de o universo ter tido um início. Contudo, ele percebeu que suas equações apontavam um início para o universo e camuflou suas próprias equações!

Nesse argumento, há três premissas: (1) qualquer coisa que começa a existir tem uma causa; (2) o universo começou a existir; (3) portanto, o universo tem uma causa. A primeira premissa é um princípio autoevidente. Aqueles que negam essa premissa devem acreditar que viemos do nada, por meio do nada e para nada, o que é certamente implausível. Se algo pudesse surgir do nada, então seria inexplicãvel porque todas as coisas ou qualquer coisa não surgem do nada. Porque esse princípio não continua se aplicando? Porque uma bicicleta ou Beethoven não surgem de forma não causada? Isso é contrário à nossa experiência. Céticos dizem que, na física moderna, partículas subatômicas, chamadas de partículas virtuais, e até mesmo o universo, podem passar a existir do nada, mas isso é apenas o vácuo, e não o nada. A premissa lógica é que o universo começou a existir. Portanto, o universo tem uma causa. E como deve ser essa causa? O argumento cosmológico Kalam propões que essa causa deve ser: (1) autoexistente, atemporal e não espacial; (2) imutável; (3) imaterial; (4) inimaginavelmente poderosa; (5) pessoal.

Em última análise, é preciso reconhecer que estes argumentos não provam a existência de Deus. Isso parece antagônico, paradoxal e emblemático. Mas é impossível provar Deus. Se fosse possível, não precisaríamos de fé. Fé é acreditar naquilo que não vemos (Hebreus 11.1-3). Ter fé não significa que a crença em Deus seja irracional, ou então que daremos um salto cego no escuro. Existem, sim, argumentos sobre a existência de Deus! Eles são úteis e demonstram que nossa fé não é irracional ou desprovida de argumentos lógicos.


Davi Faria de Caires
Casado, natural de Campinas-SP e residente em Atibaia-SP, acadêmico do Master of Divinity (M.Div) pela Escola de Pastores da Primeira Igreja Batista de Atibaia-SP (EPPIBA). Membro da Igreja Batista Regular no Jd Liza (Campinas-SP). Criador do Grupo de Estudos Teologia com Propósito®

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

COMO SABEMOS QUE DEUS EXISTE? – O ateísmo e o absurdo da vida sem Deus




por Davi Faria de Caires


Um episódio recente, neste final de 2019, tem marcado embate cultural entre religiosos, especialmente cristãos, e ateístas. O canal de streaming Netflix lançou um média-metragem de natal, chamado 'A Primeira Tentação de Cristo', produzido pelo grupo Porta dos Fundos. O conteúdo é provocativo e tem gerado polêmicas. O enredo se passa no aniversário de 30 anos de Jesus e satiriza o seu retorno após 40 dias de jejum no deserto. De acordo com a imprensa, no vídeo, Jesus, interpretado por Gregório Duvivier, leva para casa um amigo esquisito, interpretado por Fábio Porchat, com quem vive um romance gay. Parece haver um triângulo amoroso entre Jesus e outros personagens. O ator principal, Gregório Duvivier, é ateu. A trama é evidentemente anti-cristã, e tal como já declarado pelos produtores, foi propositalmente ofensivo. Diante desse furdunço cultural e religioso, muitos cristãos iniciaram manifestações através de abaixo-assinados que ultrapassam um milhão de assinaturas, boicotes e cancelamento de assinaturas na Netflix e centenas de milhares de postagens que repudiam este ato.

Mas, como deveria o cristão lidar diante de fatos como este? Como deve o cristão defender a fé diante do ateísmo? Fatos como esse não deveriam gerar surpresa ou comoção no meio cristão. Jesus já havia dito e predito que:


“Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu SENHOR. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou.” - João 15.18-21 (ACF)


Jesus já havia alertado os discípulos, e essa exortação cabe a nós também nos dias de hoje. O ódio que a igreja vem a sofrer é por causa do nome de Cristo. Toda essa suposta ofensa ocorre pelo fato de não conhecerem o nome de Jesus. O NOME do Mestre sempre foi vilipendiado, desde o primeiro século desta era até os dias de hoje. Foi acusado de beberrão e glutão (Mt 11.19) e até de ser associado com o príncipe dos demônios (Mt 12.24). Em tempos de ceticismo religioso, parece não haver espaço para a fé no presente século. O debate sobre a existência de Deus é tão antigo quanto a humanidade. Porém, em tempos pós iluminismo, correntes tais como o cientificismo, o racionalismo, o materialismo e o naturalismo pretendem banir a fé do debate público, à guisa de pretensa superioridade lógica, metodológica, epistemológica e racional.
O cristão não deve ficar alheio a este debate. Pelo contrário, ele é desafiado pela Escritura a fornecer justificativas racionais para a fé cristã:

“Antes, santificai ao SENHOR Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós, tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo.” - 1 Pedro 3.15,16

De acordo com a Escritura, o cristão deve, portanto, estar preparado para responder sobre sua fé. A partir deste texto, o cristão necessita de 3 coisas para fazer apologética: santidade, conhecimento e atitude. Santidade envolve intimidade com Deus, leitura bíblica e reconhecimento do senhorio de Cristo. Conhecimento envolve estar pronto para responder, conhecimento das Escrituras e saber o que a bíblia diz. Atitude envolve mansidão, temor e boa consciência.
Diante dessas coisas podemos nos perguntar: quais são as consequências se Deus não existir? Como é uma vida sem Deus? A existência é para todos, em todas as épocas, um mistério. Não conseguimos entender a vida em toda sua complexidade. O homem é o único ser em todo o planeta que faz esse tipo de perguntas: Quem sou eu? Porque estou aqui? Para onde estou indo? Porque existe algo em vez do nada? Sobre essas questões, Blaise Pascal, um cientista cristão que viveu no século XVII, escreveu:

"Não sei quem me enviou ao mundo, nem o que o mundo é, nem quem eu mesmo sou. Sou terrivelmente ignorante de tudo. Não sei o que meu corpo é, nem meus sentidos, nem minha alma e essa parte de mim pensa o que eu digo, que reflete sobre si mesma assim como sobre todas as coisas externas, e não tem mais conhecimento de si mesmo do que delas. Assim como não sei de onde venho, também não sei aonde vou. Somente sei que, ao deixar este mundo, caio para sempre no nada ou nas mãos de um deus irado, sem saber qual desses dois estados será meu destino eterno. Essa é minha condição, cheia de fraqueza e incerteza." - Blaise Pascal

Portanto, se Deus existe, a vida possui sentido, valor e propósito. Mas, e se Deus não existe? Ora, apenas como hipótese, podemos levantar algumas conjecturas sobre o absurdo da vida sem Deus, ou de sua inexistência. (1) Sem imortalidade e Deus, a vida não possui um sentido fundamental; (2) Se Deus não existe, não há um valor fundamental; (3) Se Deus não existe, não há um propósito fundamental. Portanto, no absurdo da vida sem Deus, a vida não possui sentido, valor e propósito! Ou seja, na visão ateísta, a vida é fruto do acaso. Nascemos, vivemos e morremos. Se não há imortalidade e se não há Deus, então, todo empreendimento humano é um trabalho inútil. É como correr atrás do vento. Apesar de reconhecermos a falta de sentido em correr atrás do vento, continuaríamos executando nossas tarefas diárias aguardando o dia de nossa morte. O homem não precisa apenas de imortalidade para conferir sentido à sua vida! A imortalidade sem Deus seria uma maldição e não traria sentido à vida. A imortalidade também precisa de Deus. Se tivesse existido só imortalidade, a vida continuaria sem sentido. É um absurdo pensar a vida sem Deus. Somente ele é o sentido da vida e da existência humana.
Deus é a fonte única da moralidade no homem. Sem Deus, não há sentido em falar em bom e mau; em certo e errado. O certo e o errado passariam a ser uma convenção social, uma questão de gosto pessoal ou então como produto sócio-biológico da evolução. A bíblia diz:
"Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os;" - Romanos 2.14,15

Nesse texto, Paulo fala de uma lei moral que está presente em todos os seres humanos. Não apenas nos judeus! Eu não preciso ser um cristão para saber que o assassinato é errado. Mas, se Deus não existe, então tudo passa a ser relativo. O ateísmo traz consequências niilistas à existência humana. Uma vida sem Deus, baseada no ateísmo, destrói o significado da existência humana. Contudo, será que a maior parte dos ateus dá cabo à sua filosofia? Não! Eles buscam placebos para sua realidade.
Mas, é possível saber que Deus existe? Quais são os argumentos sobre a sua existência? Sim, existem argumentos racionais favoráveis à existência de Deus. Argumento moral, argumento do design, argumento ontológico, argumento cosmológico... Há diversos argumentos para a existência de Deus. A lista é imensa. Contudo, é preciso afirmar inicialmente e incisivamente que não é possível provar a existência de Deus. Isso parece antagônico, paradoxal e emblemático. Mas é impossível provar Deus. Se fosse possível, não precisaríamos de fé. Fé é acreditar naquilo que não vemos, como já registrou o autor aos Hebreus:

"ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. Porque por ela os antigos alcançaram testemunho. Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente." (Hebreus 11.1-3).

Contudo, ter fé não significa que a crença em Deus seja irracional, ou então que daremos um salto cego no escuro. Existem, sim, argumentos sobre a existência de Deus! O maior, melhor e mais preciso argumento é a Escritura; a revelação especial de Deus, “de sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Romanos 10:17). Ninguém pode vir a crer por métodos racionais ou argumentos, por melhores que eles sejam. Crer em Deus, do jeito que diz a Escritura, é um milagre produzido somente pelo Espírito Santo, através da pregação da palavra, transformando o coração do homem em uma nova criatura, à semelhança do caráter de Cristo, para a glória de Deus Pai (João 16.7-11).
Robert Jastrow, um astrônomo americano do século XX disse certa feita:

"para o cientista que vive de acordo com sua fé no poder da razão, a história termina como um pesadelo. ele escalou as montanhas da ignorância; está a ponto de conquistar o pico mais alto. Ao chegar à última rocha, é cumprimentado por um bando de teólogos que estavam sentados ali havia séculos".

Todo sentido da vida pode ser encontrado somente em Deus. Há muitas evidências que Deus existe. E ainda que não houvesse evidências, seria mais racional escolher o cristianismo do que não escolhê-lo. O cristianismo responde às principais questões da vida! Em outras palavras, porque existe algo em vez de nada? De onde em vim? Porque eu existo? Como devo viver? Para onde vou? Deus é ou não é. Há um caos infinito que nos separa. E na extremidade dessa distância, a moeda está sendo jogada e dará cara ou coroa. Pense nisto! O que você apostará?
Pascal afirmava que há três tipos de pessoas: (1) as que buscaram a Deus e o encontraram; (2) as que o estão buscando, mas ainda não o encontraram; (3) as que não o buscaram e não o encontraram. As do primeiro grupo são razoáveis e felizes; as do segundo são razoáveis e infelizes; as do terceiro grupo são pouco razoáveis e infelizes. A aposta de Pascal deve ao menos estimular-nos a ser razoáveis e a buscar a verdade (João 14.6).


Davi Faria de Caires
Casado, natural de Campinas-SP e residente em Atibaia-SP, acadêmico do Master of Divinity (M.Div) pela Escola de Pastores da Primeira Igreja Batista de Atibaia-SP (EPPIBA). Membro da Igreja Batista Regular no Jd Liza (Campinas-SP). Criador do Grupo de Estudos Teologia com Propósito®


segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

O TEMPLO E O CATIVEIRO: Reflexão sobre a história redentora


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A construção do templo foi desejada por Davi, com o objetivo de fazer uma casa para a Arca da Aliança. Davi não pôde construir esse templo. A construção foi realizada por Salomão, em um trabalho que perdurou por sete anos, conforme registrado em 1 Reis 6.37,38: "No ano quarto se pôs o fundamento da casa do SENHOR, no mês de Zive. E no ano undécimo, no mês de Bul, que é o mês oitavo, se acabou esta casa com todas as suas coisas, e com tudo o que lhe convinha; e a edificou em sete anos." Esse templo foi destruído por Nabucodonosor, rei de Babilônia, em 586aC, período que marca o início dos 70 anos de Cativeiro Assírio-Babilônico. A destruição do templo culminou no exílio dos judeus em Babilônia.

A realização do cativeiro retrata o cumprimento fiel de profecias feitas anteriormente! Deus usou a babilônia como agente de juízo para julgar Israel por seus pecados de idolatria e rebelião contra seu Senhorio. Houveram várias etapas de ida ao exílio e retorno do Exílio, entre os séculos VIaC e VaC. Conforme profecias anteriores, os hebreus retornariam setenta anos após o exílio. Essa profecia cumpriu-se, e Deus realiza seu plano. Os judeus foram autorizados por Ciro a retornar a Israel, e começam a reconstruir a cidade e o templo. Após esse retorno, liderado por Esdras e Neemias, Deus realiza um avivamento entre o povo judeu e culmina na reconstrução do templo. Como se pode notar, tanto em perspectiva histórica quanto teológica, o templo e o exílio são temas paralelos neste período da história dos hebreus.   

Os efeitos do cativeiro são decisivos no coração de Israel. Houve um forte impacto sobre a nação quando retornam à terra. É fato que este povo nunca mais vai se corromper pela idolatria e falsos deuses de nações vizinhas. Deus também usa o exílio para julgar os babilônios por seus pecados, e este império cai sob os medo-persas. Deus prova mais uma vez que suas promessas são fiéis e infalíveis. Deus promete precisamente que iria trazer o exílio caso o povo não se arrependesse da quebra da aliança. Conforme vemos em Jeremias 25, Deus promete que iria levar o povo do norte e do Sul cativos, os fariam escravos e que serviriam à babilônia por setenta anos. Muito espaço à profecia é dado sobre este motivo na Bíblia. O povo estava quebrando a aliança. Não estavam guardando as leis do descanso, do sábado e da terra, que deveria ser observado a cada sete anos, conforme orientado em Levítico 25. Portanto, Levítico 25 e Jeremias 25 são estratégicos em justificar o ato de Deus de levar seu povo cativo à babilônia.

O templo e a guarda dos períodos de descanso serviriam como instrumentos didáticos para o povo. O templo e a guarda dos períodos de descanso tinham pouco efeito em si mesmo, mas deveriam apontar para o desenvolvimento de um coração justo e piedoso, reverente e dependente perante o Deus da aliança. O povo deixou de observar os acordos da aliança, descritos detalhadamente em Deuteronômio. No Capítulo 28, Deus já havia decretado, na descida do Monte Sinai, e elencado detidamente sobre as bênçãos resultantes da obediência e das maldições advindas da desobediência do povo para com o Eterno.

Há implicações neotestamentárias desses fatos. O caráter de Deus não mudou. Deus fez uma aliança com seu povo por intermédio de seu Filho, através do qual julga o pecado e condena o pecador, e suas promessas de redenção dos redimidos permanecem seguras e confiáveis. Deus demonstra-se estável em toda História. Não há nele variações. O homem irá falhar e quebrar a aliança. Porém Deus permanece justo em todos os seus caminhos.

O objetivo do templo e do tabernáculo é revelar que Deus viria em carne para habitar conosco. No Novo Testamento, temos melhor entendimento sobre a importância do tabernáculo. Em Cristo, somos o templo de Deus pela obra do Espírito Santo. Fomos transformados em habitação santa de Deus. Somos a casa de Deus. Tanto nos tempos dos hebreus quanto no Novo Testamento, após o véu ter se rasgado, Deus não tinha obrigação nenhuma de habitar conosco, e nem possui a necessidade inerente de habitar com os homens, mas por causa de seu amor e para sua glória, ele decidiu habitar conosco e em nós. Ele tem prazer em estabelecer seu tabernáculo entre os homens, para que possamos conhecê-lo, amá-lo e glorificá-lo agora e para sempre, como registrou o apóstolo João em Apocalipse 21.3: "E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus.”

Conclusão
No ato do cativeiro e na destruição do templo, portanto, Deus demonstra uma tríplice revelação de seu caráter:
(1) Deus é fiel ao seu povo;
(2) Deus julga o pecado;
(3) As promessas de Deus são seguras e confiáveis.


Davi Faria de Caires
Casado, natural de Campinas-SP e residente em Atibaia-SP, acadêmico do Master of Divinity (M.Div) pela Escola de Pastores da Primeira Igreja Batista de Atibaia-SP (EPPIBA). Membro da Igreja Batista Regular no Jd Liza (Campinas-SP). Criador do Grupo de Estudos Teologia com Propósito®