sábado, 30 de janeiro de 2016

Promessa feita é promessa cumprida!





(2º Estudo sobre Profetas Menores)

Será a mensagem dos Profetas Menores fiéis e verdadeiras para a orientação do povo de Deus? Aprenda o quão exato foram os cumprimentos das profecias a respeito do Messias e conclua o quão importante são as palavras desses homens de Deus.



TEXTO BASE: Atos dos Apóstolos 7.51-53
51 Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais.
52 A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? Até mataram os que anteriormente anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora fostes traidores e homicidas;
53 Vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a guardastes.


No meu artigo “Pequenos frascos, melhores fragrâncias” eu tratei a respeito de algumas características ou peculiaridades dos Profetas Menores, entretanto, uma delas eu deixei para uma explanação mais detalhada neste artigo: as promessas messiânicas contidas nas escrituras dos Profetas Menores.
Desde o livro de Gênesis vemos na Bíblia, que o seu objetivo principal não era fornecer dados biográficos detalhados da história de Israel, mas sim uma linha do tempo que demonstra em todas as suas páginas como Deus é o Senhor da História e do Tempo e como as promessas dEle continuam seu alvo, apesar do cenário está em desfavor. Os Profetas Menores enfrentam uma crise espiritual em Israel sem precedentes a ponto de culminar no seu exílio na Assíria (reino do Norte) e Babilônia (reino do Sul), mas Deus usa seus servos para alertar que ainda não seria o fim, o Messias seria enviado e restauraria o seu povo.
Vejamos quais foram essas predições feitas pelos Profetas Menores a respeito do ministério terreno de Jesus Cristo:

1)                   Infância do Messias
a.        O nascimento do Messias na cidade de Belém de Judá: Mq 5.2 (cumprimento Mt 2.1-6)
b.        Ele seria descendente do governador Zorobabel: Ag 2.23 (cumprimento Lc 3.23-27)
c.         O Messias seria o Deus encarnado entre seu povo: Zc 2.10-11 (cumprimento Jo 1.14)
d.        O retorno do Messias do Egito: Os 11.1 (cumprimento Mt 2.14,15)

2)                  Pré-ministério do Messias
a.        Um precursor que prepararia o caminho ao Messias: Ml 3.1 (cumprimento Mt 11.7-10)
b.        O precursor, como Elias, converteria muitos à justiça Ml 4.5,6 (cumprimento Mt 11.14)

3)                  Ministério do Messias
a.        O Messias ofereceria salvação para todos: Jl 2.2 (cumprimento Rm 10.12,13)
b.        O Messias é rejeitado pelos judeus: Zc 11.10 (cumprimento Lc 19.41-44)
c.         O Messias é crido pelos gentios: Am 9.11,12 (cumprimento At 15.13-18)
d.        O Messias é rei eterno: Mq 5.2 (cumprimento Lc 1.32-33)
e.        O Messias é homem de paz: Mq 5.5 (cumprimento Ef 2.14-17)
f.          O Messias é o pastor do rebanho de Deus: Mq 5.4 (cumprimento Jo 10.11,14)
g.        O Messias visitaria o Segundo Templo: Ag 2.6-9 (cumprimento Lc 2.27-32)
h.        O Messias é um governante sobre um jumento: Zc 9.9 (cumprimento Mt 21.1-9)

4)                   Morte do Messias
a.        Ao ferirem o Messias suas ovelhas fogem: Zc 13.7 (cumprimento Mt 26.31)
b.        O Messias traído por 30 moedas: Zc 11.12,13 (cumprimento Mt 27.1-10)
c.         O Messias na cruz e ao meio-dia o sol escurece: Am 8.9 (cumprimento Mt 27.45-46)
d.        O Messias traspassado: Zc 12.10 (cumprimento Jo 19.37)

5)                   Ressurreição do Messias
a.        O Messias no sepulcro por 3 dias e 3 noites: Jn 1.17 (cumprimento Mt 12.39-40)
b.        O Messias venceria a morte: Os 13.14 (cumprimento 1 Co 15.55-57)
No decorrer de todos os livros vemos profecias messiânicas que descrevem o ministério terreno de Jesus. Ao vermos o quanto todas foram cumpridas fielmente, louvamos a Deus, sabendo que nenhuma das suas palavras caem por terra sem cumprimento. Consequentemente, todas as promessas referentes a parousia ou Segunda Vinda de Cristo são tão fiéis e verdadeiras quanto às profecias da sua Primeira Vinda. Estejamos preparados para a sua volta, pois mui em breve acontecerá! Que as bênçãos do Senhor Jesus estejam sobre a vida que cada leitor até que nos encontremos com Ele na glória. A Ele toda honra, toda glória para todo o sempre. Amém.

Gleydson Salviano


MINI-CURRÍCULO: Gleydson Salviano é casado com Ana Karolina, formado em Administração e com MBA em Gestão de Negócios, Controladoria e Finanças, é Superintendente e Professor de EBD na Assembléia de Deus de Brasília em Samambaia/DF pastoreada pelo Pr. Erasmo Araújo Pinto.

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O Arrebatamento da Igreja






Por Davi Faria de Caires


Jesus virá em dia e hora que ninguém sabe. Não há hora marcada. Não há dia conhecido. A surpresa de sua volta é o fator preponderante. Estamos esperando a volta de Jesus? O que estamos esperando?


A promessa da volta de Jesus foi feita por ele mesmo, em uma promessa consoladora ("Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também." - João 14.2,3). Jesus prometeu que voltaria. Paulo, inspirado por Deus, ensina que o arrebatamento dá-se em cinco estágios. Primeiro, o Senhor descerá do céu com voz de arcanjo (1 Ts 4.16); Segundo, os que morrerem em Cristo ressuscitarão primeiro (1 Ts 4.16); Terceiro, os que estiverem vivos serão arrebatados juntamente com eles (1 Ts 4.17); Quarto, encontraremos com o Senhor nas nuvens (1 Ts 4.17) e em quinto lugar, há a promessa de estarmos para sempre com o Senhor (1 Ts 4.17).
Participarão do arrebatamento, o próprio Senhor Jesus (Jo 14.2,3), o arcanjo Miguel (“E NAQUELE tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro.” - Dn 12.1), os mortos em Cristo e os vivos que estiverem preparados (1 Ts 4.17; 1 Co 15.51). Assim como Cristo ressuscitou corporalmente, também os crentes salvos ressuscitarão corporalmente. Porém os ímpios permanecerão na sepultura até o dia do juízo final, aguardando a segunda ressurreição ("Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação." - João 5,28,29; "E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo," - Hebreus 9.27; "E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras." - Apocalipse 20.12)
O volta de Jesus é caracterizada por elementos especiais e misteriosos que indicam a natureza e o procedimento do arrebatamento da igreja. O elemento surpresa é inerente ao fato.. Jesus não informou datas de sua volta. Portanto, disse que sua vinda será como um ladrão, de modo inesperado ("Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis." - Mateus 24.42-44).
A parousia (vinda invisível), será invisível, imaterial e mui veloz. Será invisível para o mundo, para os que ficarem. Será imaterial porque o corpo ressurreto será espiritual, semelhante ao corpo de Jesus (Fp 3,20,21; Lc.24.39-43). Corpo espiritual significa corpo totalmente sujeito à vontade do Espírito Santo. Um corpo que não está sujeito às leis da física de espaço e tempo. E sua vinda também será muito veloz: "Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados" (1 Coríntios 15.52). A expressão  “num momento”, no grego é átomos, que significa algo indivisível, impossível de ser cortado ou medido, dando-nos a entender que o arrebatamento será um evento tão rápido que nenhum instrumento será capaz de perceber ou marcar sua duração.
Após a grande tribulação, ocorrerá a epiphaneia (gr. Manifestação, vir à luz, resplandecer, brilhar), que será a manifestação visível e gloriosa de Jesus Cristo no monte das Oliveiras ("E o SENHOR sairá, e pelejará contra estas nações, como pelejou, sim, no dia da batalha. E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele para o sul." - Zacarias 14.3,4), para prender Satanás e reinar com a Igreja por mil anos.
Independente das escolas de interpretação do arrebatamento, seja pós-tribulacionista, meso-tribulacionista ou pré-tribulacionista, o ponto convergente é que Jesus Voltará para buscar sua igreja. A esperança da Igreja está baseada na fidelidade de Deus. Jesus disse: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” (Mateus 24.35). O arrebatamento também é comparado aos dias de Noé: “E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem.” (Mateus 24.37-39). Isso mostra que o arrebatamento dar-se-á em um dia normal e corriqueiro. E por fim, a verdade é que nem todos serão arrebatados: “Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro; estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra” (Mateus 24.40,41). De modo surpreendentemente veloz, invisível e inesperado, a qualquer momento, Jesus arrebatará sua Igreja. Que o Senhor nos ajude, e nos guarde. Amém.


Obras consultadas
ANDRADE, Claudionor Corrêa de.  “Vem o fim, o fim vem — A doutrina das últimas coisas”. Revista Lições Bíblicas, CPAD, 4º Trimestre de 2004.
CABRAL, Elienai. “Escatologia - O estudo das últimas coisas” Revista Lições Bíblicas, 3º Trimestre de 1998. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
RENOVATO, Elinaldo. “O final de todas as coisas”. Rio de Janeiro: CPAD, 2015
RENOVATO, Elinaldo. “Revista Lições Bíblicas - 1º trimestre de 2016”. Rio de Janeiro: CPAD, 2016



Sobre o autor:
Davi Faria de Caires
Cristão protestante, casado, residente e natural de Campinas-SP, é membro da Igreja Batista Regular no Jd Liza (Campinas-SP). Músico formado pela Escola Livre de Música (UNICAMP), formado em Psicologia (PUCCAMP) e em Gestão de Recursos Humanos (UNIDERP); graduando em Teologia pela Faculdade Batista Teológica de Campinas (FTBC) e pelo Centro Universitário Filadélfia (UniFil). Psicólogo clínico com atuação em Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) e em Desenvolvimento Humano Organizacional (DHO) na Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). Criador do Grupo de Estudos Teologia com Propósito®Contato: davifariadecaires@gmail.com


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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Esteja Alerta e Vigilante, Jesus Voltará





[Escola Dominical - Subsídio para Lição 04 – Data: 24/01/2016]

Por Joseone Bezerra da Silva*



O senhor voltará com grande poder e glória sobre as nuvens do céu (Mt 24.30). Esse acontecimento é alvo final de todas as profecias que foram feitas acerca do futuro de Israel, Igreja de Deus e das nações. Quando vemos o caos reinando no Oriente Médio, a perplexidade entre as nações e a confusão dentro do cristianismo, então podemos ficar contentes e tranquilo porque o Senhor nos deixou essa mensagem, que Ele proferiu no Monte das Oliveiras.


A VINDA DE JESUS SERÁ REPENTINA

Como Um Relâmpago

Alguns elementos especiais e misteriosos indicam a natureza e procedimento do arrebatamento da Igreja na vinda do Senhor. Como já sabemos, a Volta de Cristo se dará em duas fases: primeiro, o Arrebatamento; segundo, a vinda de Jesus em Glória, quando todo olho O verá (Ap 1:7). O Arrebatamento se dará de forma repentina, em tempo ínfimo, pois a Bíblia diz que isto se dará “num abrir e fechar de olhos” (1Co 15:52a), expressão que, no grego, é “átomo”, ou seja, unidade que não pode ser dividida. 
O crente deve estar em comunhão com o Senhor, em santidade, a fim de que tenha condições de discernir espiritualmente o momento em que está vivendo e se preparar convenientemente para não ser apanhado de surpresa pela vinda do Senhor. O Arrebatamento é iminente e o juízo divino não demora, e somente aqueles que estiverem atentos, aguardando o Senhor, serão poupados do “Dia do Senhor”, da ira divina que se abaterá sobre a Terra (LUCIANO,blog,2016).

ü     Surpresa. Esse elemento é rejeitado por alguns grupos que entendem que não haverá dois eventos distintos; o arrebatamento da Igreja e a vinda pessoal de Cristo. Ora, o que a Bíblia nos ensina é que, a Igreja, constituída pelos mortos e vivos em Cristo, se encontrará nas nuvens com o Senhor. Se por alguns a idéia da surpresa é rejeitada, uma grande maioria cristã prefere o que declara as Escrituras que destacam o elemento surpresa (Tt 2.13; Mt 24.35,36, 42,44; 25.13). Esse elemento é fundamental porque a Igreja vive na esperança da vinda do Senhor.

ü     Invisibilidade (1 Ts 4.17). Por que será um evento invisível e para quem? Será invisível para o mundo material porque os arrebatados serão constituídos somente dos transformados. A transformação será tão parida, que nenhum instrumento cronológico terá condição de perceber ou marcar o tempo. Quando o crente conquistar esse corpo imaterial, a matéria perdera totalmente sua força (1 Co 15.43,44,49,51,53).

ü     Imaterialidade (1 Co 15.42,52,53). Na verdade, a transformação que ocorrerá na vinda do Senhor será extraordinária e gloriosa, pois o que é material se revestirá do imaterial, o corruptível do incorruptível. Todas as limitações da matéria serão anuladas completamente, pois, literalmente, nossos corpos serão revestidos de espiritualidade.

ü     Velocidade (1 Co 15.52). Para tentar explicar a velocidade do evento, Paulo usou o termo grego átomos, que aparece no texto sagrado pela expressão “num momento”, cujo sentido literal é indivisível (quanto ao tempo, aqui). A palavra átomos era usada para denotar “algo impossível de ser cortado ou dividido”. Também encontramos outras expressões bíblicas para denotar velocidade, tais como “abrir e fechar de olhos”, ou “piscar de olhos”. Mesmo em época avançada e de tecnologia, nada poderá contar e detectar o momento do milagre do arrebatamento da Igreja.

Estudar e meditar sobre o arrebatamento da Igreja promove nos remidos a fé e a esperança na vinda do Senhor. Não nos preocupamos demasiadamente com as varias teorias de interpretação sobre o arrebatamento (se ocorrera antes, no meio ou depois da Grande Tribulação), permaneçamos, sim, atentos ao fato de que Jesus virá. Devemos estar preparados para encontrar com o Senhor.


COMO UM LADRÃO (1 Tessalonicensses 5.2) 

      “Porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite”.

A figura do “ladrão” foi usada apenas para facilitar o nosso entendimento sobre como será o Arrebatamento da Igreja. Sabendo como age o ladrão, saberemos o que acontecerá no Dia do Arrebatamento.
No mesmo sermão, Jesus chamou a atenção dos discípulos para o inesperado de sua vinda, comparando-a com a chegada de um ladrão para arrombar uma residência. Desde que o homem se rebelou contra Deus, e deu lugar ao pecado e ao Diabo, a prática criminosa do roubo, do assalto e dos furtos tem lugar no meio da sociedade. Os discípulos conheciam diversos casos de arrombamento de casas. E sabiam que, em todos os casos, as vítimas foram apanhadas de surpresa. Com o realismo dos fatos, Jesus valeu-se da figura da vinda de um marginal para roubar uma família. “Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa” (Mt 24.43).
E um alerta sobre a surpresa da vinda de Jesus, para estarmos preparados para sua volta a qualquer instante. E também um alerta para termos cuidado para nossa casa espiritual, ou nossa vida, não ser assaltada pelo “ladrão”, que só vem para destruir tudo o que temos da parte de Deus: “O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir” (Jo 10.10a). Infelizmente, há tantos que dão mais lugar aos interesses do ladrão destruidor do que àquEle que veio para que tenhamos vida e vida com abundância” (Jo 10.10b). Mas Deus está sempre avisando: “Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã (Mc 13.35). O “ladrão” está rondando nossas vidas, nossos lares, nossos casamentos, nossas famílias, de maneira sorrateira e sutil. Muitos de nós colocam equipamentos de segurança nas residências, prevenindo-se contra o ladrão, o marginal que arromba casas. Mas grande parte não coloca a sua vida em segurança, no lado espiritual, para esperar Jesus, que vem como um ladrão. Quando muitos acordarem, já será tarde demais.

Observação sobre A Vinda Do Filho Do Homem (V 26)
As declarações de Jesus sobre a vinda do Filho do Homem revelam que ela abrange dois aspectos. A vinda do Filho do Homem refere-se, tanto à primeira fase da sua volta, numa data desconhecida, antes da tribulação (ver Ap 3.10); O ARREBATAMENTO DA IGREJA, para buscar os santos da igreja, (ver v. Mt 24.42; Jo 14.3; 1 Ts 4.14). Como também à segunda fase da sua vinda, que ocorrerá depois da tribulação, para julgar os ímpios e recolher os justos no seu reino (Ap 19.11; 20.4).                                                                           
Cristo se referiu a dois eventos, tanto à sua volta imprevisível (Mt 24.42,44), como também à sua volta previsível (Mt 24 29,30), vê-se pelo fato que Ele cita três diferentes categorias de pessoas nos versículos 37-44, ilustrando os dias de Noé . As três categorias de pessoas e seu relacionamento com a vinda de Cristo são: (1) As vítimas do dilúvio nos dias de Noé, representando os descrentes da tribulação. Não sabem a ocasião da volta de Cristo e estão despreparados. Serão destruídos no tempo do fim (Mt 24 38,39,43; cf. Lc 17.26-29). Trata-se de uma referência à segunda fase da sua volta depois da tribulação. (2) Noé, representando os crentes da tribulação. Por causa dos sinais do tempo do fim, os santos da tribulação sabem, quase exatamente, o momento da volta do Senhor, e estarão preparados e serão salvos. A ocasião da volta de Cristo para eles ocorre no tempo previsto (v. 27; cf. Gn 7.4). Aqui trata-se da segunda fase da volta de Cristo, depois da tribulação. (3) Os discípulos de Jesus. Eles representam os crentes dos nossos dias, Os crentes da igreja, antes da tribulação, que não saberão o tempo da volta de Cristo para levá-los ao céu (vv. 42,44; ver Jo 14.3 nota; cf. 1 Ts 4.14). Não haverá sinais específicos precedendo a vinda do Senhor para buscá-los, pois Cristo declara que ela ocorrerá inesperadamente.


 COMO FOI NOS DIAS DE NOÉ
A época que precederá a vinda de Cristo se assemelhará aos dias de Noé (37). As pessoas estavam levando vidas normais e seculares, ignorando a Deus (38). Mas de repente o dilúvio (em grego, kataklysmos, “cataclisma”) os levou a todos (39). Assim, disse Jesus, será também a vinda do Filho do Homem (uma frase encontrada pela terceira e última vez neste capítulo).
Jesus compara o dia da sua volta com os dias de Noé e de Ló. Antes do dilúvio, as pessoas viviam a vida normalmente. Elas continuavam comendo, bebendo e casando-se. Não levaram a sério as palavras de julgamento que Noé apregoava. Quando chegou o dilúvio, elas estavam desprevenidas, e todo o mundo pereceu (Gn 7.11-23).
Algo semelhante aconteceu nos dias de Ló. As pessoas eram dedicadas a interesses terrenos. Elas comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e construíam. Estes indivíduos estavam preocupados com interesses próprios, não tendo consciência de que estavam a caminho do julgamento. Eles também estavam desprevenidos quando Deus fez chover do céu fogo e enxofre (Gn 19.2325). A oportunidade de salvação passou por eles e o julgamento divino os colheu. Quando Cristo voltar, essa mesma indiferença e desvanecimento predominarão (Lc 17.30). As pessoas não discernirão os tempos nos quais vivem por estarem sobrecarregadas com os cuidados da vida.
Quando o julgamento vier, será rápido e decisivo. No dia da gloriosa aparição de Cristo, os seres humanos têm de se precaver contra a devoção às próprias preocupações. Um homem que esteja no telhado descansando ou se encontre no campo trabalhando, pode pensar que tem um tempo para voltar para casa e recolher suas posses. Isso será impossível.
Todos devem ser livres de ligações com as coisas terrenas e estar comprometidos de coração com o Reino de Deus. A vinda do Filho do Homem requer devoção sincera a Ele. Interesses mundanos e amor às posses materiais têm consequências fatais".

CORRUPÇÃO GERAL DA TERRA
 Decadência moral de nossa época

Pedro, quando fala profeticamente sobre a volta de Cristo, menciona claramente o dilúvio (veja 2 Pe 2.1-9; 3.5-7). E o Senhor Jesus que disse em relação à sua Volta, que ela aconteceria em tempos iguais aos tempos de no Noé: (Lc 17.26,27,30).
Uma vez que ela se equipara à época que antecede o dilúvio. Quanta perversidade, quanta zombaria, quanta decadência moral e quanto egoísmo desenfreado encontrados por todos os lugares! O ser humano (inclusive as pessoas nas cúpulas dos governos) não quer mais ser advertido pelo Espírito de Deus, pois prefere distanciar mais e mais do Todo Poderoso. A mistura de religiões, o relacionamento tolerante e o diálogo aberto de igrejas cristãs com grupos de convicções contrarias à Bíblia nega o único Deus vivo e verdadeiro. As pessoas estão abertas para tudo, menos para a verdade, que em Cristo se revelou e se apresentou a nós da maneira mais cristalina.
O Senhor sabia que os descendentes de Noé não seriam diferentes das pessoas que viviam antes do dilúvio; somente o sacrifício podia poupa-los do juízo. Esse sacrifício, porém, já era um prenúncio do sacrifício pleno e completo de Jesus Cristo na cruz do Calvário. Somente através dEle podemos escapar do juízo.


COMO FOI NOS DIAS DE LÓ
Os pecados de Sodoma eram muito graves
Em Gênesis 18.20 está escrito: “ Disse mais o Senhor: Porquanto o clamor de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado, e porquanto o seu pecado se tem agravado muito”.
Os “dias de Ló” eram semelhantes aos “dias de Noé”, em termos de visão materialista. A preocupação dos moradores de Sodoma, Gomorra, Adama e Zeboim era: “Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam” (Lc 17.28). Mas é notório que o casamento e a família não eram valorizados. Sodoma e Gomorra são conhecidas, na literatura, mesmo na área secular, como cidades-símbolo do homossexualismo exacerbado.
Os “dias de Ló” são emblemáticos e sinal para os dias em que vivemos. O movimento homossexual, ou LGBT, ganha espaço na mídia como nunca; em países do “primeiro mundo”, como Estados Unidos, Holanda, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Inglaterra, França, Portugal, Espanha e em outros, de outras nações, o apoio e a aprovação da “união civil de pessoas do mesmo sexo”, ou do “casamento igualitário”, ou ‘homoafetivo”, tem tido o respaldo dos governos e dos judiciários. Em nosso Brasil, nunca houve tanta visibilidade quanto ao apoio oficial à união homossexual, condenada pela Palavra de Deus de forma clara e institucionalizada.
Precisamos entender a seriedade do período em que vivemos e ouvir qual tem sido o alerta de Deus para essa geração. É necessária essa geração perceber qual é a conversa que o Eterno Deus está tendo com a humanidade, e principalmente com a igreja dessa última hora, pois o nosso Deus não mudou, nem se adequou, nem tão pouco se aperfeiçoou. Ele é a PERFEIÇÃO, é IMUTÁVEL, sempre teve um padrão estabelecido para a humanidade, o ser humano é que é inconstante e pensa que Deus acompanha as tendências humanas, ou cresce em sabedoria juntamente com a mente humana. E esse tem sido o grande erro dessa geração, não conhecer o Deus das escrituras, e por não ler a bíblia, fantasiam um deus folclórico segundo a sua imaginação e crêem que é o mesmo Deus das escrituras. Ou para se explicar, ou tentar se excursar da culpa do pecado, dizem o famoso jargão: “Mas nós estamos no período da Graça” e esquecem-se que Deus sempre exerceu graça e juízo em toda a trajetória humana, muitos se apegam que por Deus possuir o atributo da Graça Ele perdeu o atributo de Juiz, e que ainda odeia o pecado e a iniquidade. E por não conhecer o Deus de Israel (HasHem Adonai) essa geração chegou ao nível de pecado (se não ultrapassou) a geração dos dias de Noé e nos dias de Ló (LEANDRO, blog, 2015).


CONCLUSÃO
Assim como Deus mandou construir apenas uma arca naquela época, com apenas uma única porta e única janela, voltada para cima, também hoje existe uma única possibilidade de salvação: através de Jesus Cristo. Ele é a única porta que conduz a salvação (NORBERT,2005, p.61).


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

EARLE, Ralph; SANNER, A. Elwood e CHILDERS, Charles L. "Comentário Bíblico Beacon - Vol. 6". Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
LIETH, Norbert. O sermão profético. Uma interpretação de Mateus 24 e 25; Chamada da Meia Noite, 2005.
LIMA, Leonardo. “Doutrina das Ultimas Coisas” (Seminário de Aprendendo a Crescer).
PENTECOSTAL, Comentário Bíblico. (4.ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2009).
PENTECOSTAL, Bíblia de Estudo.” João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida: CPAD, 1995.
RENOVATO, Elinaldo. “O final de todas as coisas”. Rio de Janeiro: CPAD, 2015
RENOVATO, Elinaldo. “Revista Lições Bíblicas - 1º trimestre de 2016”. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.
SILVA, Leonardo. ”blogultimatrombeta.wordpress.com”



Sobre o autor:
*Joseone Bezerra da Silva. É casado com Maria de Fatima Saraiva. Natural de Mossoró do Rio Grande do Norte-RN, onde congrega na Assembleia de Deus desde 2002 com o cargo de líder de setor de Discipulado. Formado em Bacharel em Teologia e pós graduado em ciências da Religião pela LOGOS  (Centro de Educacional Logos e Instituto de Teologia Reviver para Cristo), mestrado em Teologia (Universidade da Bíblia), Pós-graduado em Psicopedagogia (Apoena), exerce seu ministério com ênfase em Apologética, pregação, interpretação dos textos e aconselhamento bíblico.



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sábado, 16 de janeiro de 2016

Esperando a Volta de Jesus




[Escola Dominical - Subsídio para Lição 03 – Data: 17/01/2016]

Por Joseone Bezerra da Silva*

INTRODUÇÃO

Esperar que Jesus voltará a qualquer momento influencia o nosso estilo de vida. A grande crise de mornidão espiritual em que vivemos tem a ver com as prioridades de vida de alguns crentes. Quem espera Jesus voltar estabelece prioridades na vida que leve à espera desse encontro; mas quem não espera estabelece outras.

ATITUDES CORRETAS ANTE A VOLTA DO SENHOR

A primeira fase da volta de Jesus para buscar a sua Igreja, integrada pelos crentes fiéis e santos, será tão repentina que não haverá tempo para ninguém preparar-se de última hora. Os meios de comunicação antigos e os mais modernos não terão oportunidade para anunciar a iminência da volta de Cristo. Essa premência e surpresa do arrebatamento dos salvos já foi anunciada há muitos séculos, e estão bem claras nas Escrituras. Diante dessa realidade profética e real, o cristão verdadeiro, que tem consciência do que é ser salvo para ir para o céu, onde Cristo está (Jo 14.3), deve viver num estilo de vida e conduta de quem está esperando seu Senhor a qualquer momento.

COM FÉ E VIGILÂNCIA

                A raça humana se divide, basicamente, em dois grupos - aqueles que vigiam, esperando a vinda de Cristo, e aqueles que não vigiam. O princípio da separação está graficamente exemplificado aqui. Estando dois no campo, será levado um e deixado o outro (40). A mesma coisa acontecerá com as duas mulheres moendo no moinho (41) - um pequeno moinho manual operado por duas mulheres, como ainda se pode ver na Palestina. Então Jesus faz a seguinte alusão: Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor (42). Este é o ponto principal do Sermão do Monte (cf. 25.13). Vigiai significa, literalmente: “Estejam completamente alertas!” Pois ninguém sabe quando Cristo virá.
O versículo 43 contém uma breve parábola. Se o pai de família (oikodespotes, veja 20:1,11) soubesse quando o ladrão viria, vigiaria e estaria à sua espera. Como não sabemos quando Jesus poderá vir, devemos estar sempre preparados (44). Estar preparado a qualquer momento para a volta de Cristo é a primeira responsabilidade de cada cristão.
                O Servo Fiel e o Servo Infiel (24.45-51). A advertência final deste capítulo é feita sob a forma de uma breve parábola sobre um servo fiel e prudente (45; um escravo), e um mau servo (48). 0 primeiro se mantém ocupado, cumprindo fielmente as suas tarefas. Assim, ele está preparado para quando o seu Senhor chegar.

Mas se o escravo pensar que o seu senhor se atrasará, e começar a se divertir e a maltratar os seus companheiros, o seu mestre chegará em uma hora em que ele não sabe. O resultado será uma severa punição - ele separa-lo-á (51; literalmente, “dividido em duas partes”) e colocará junto com os hipócritas, onde haverá pranto e ranger de dentes (cf. 8.12; 13.42,50; 22.13; 25.30; Lc 13.28). O castigo eterno é o destino dos infiéis.

Maclaren intitula esta seção (42-51) como: “Vigiando à espera do Rei”. Ele observa: 1) A ordem de vigiar, reforçada pela nossa ignorância da ocasião da Sua vinda, 42-44; 2) A imagem e a recompensa de vigiar, 45-47; 3) A imagem e a condenação do servo que não vigiou, 48-51.

CHEIO DO ESPÍRITO SANTO

Na Parábola das dez virgens, ter azeite na lâmpada significa ser cheio do Espírito Santo. O Azeite é um dos Símbolos do Espírito Santo. No Tabernáculo e no Templo as sete lâmpadas do candelabro tinham que permanecer acesas, continuamente, e, para isto, não podia faltar o azeite. Este tinha que ser renovado duas vezes ao dia, de manhã e à tarde (Êx 27:20,21). Sem o azeite as sete lâmpadas do candeeiro, ou candelabro, se apagariam. Daí a necessidade de renovação do azeite, diariamente.

Observação:

As “virgens loucas” não representam os crentes que não são batizados com o Espírito Santo. Há uma corrente de comentaristas que afirma que as “virgens loucas” representam os crentes que não são batizadas com o Espírito Santo. Biblicamente nós afirmamos que esta interpretação não tem fundamento. Há crentes que não são batizados com o Espírito Santo, mas que são cheios do Espírito Santo. A salvação não é um privilégio apenas das denominações pentecostais, não. Entre as “virgens prudentes” estão muitos que não são batizados com o Espírito Santo, mas que são salvos. O batismo com o Espírito Santo não é garantia de salvação. O que a Bíblia recomenda a todos os crentes (ela não diz os crentes batizados com o Espírito Santo), é “segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”(Hb 12:14).
Assim, entre as “virgens prudentes” estão crentes que são e que não são batizados com o Espírito. Entre as “virgens loucas” estão crentes que são e que não são batizados com o Espírito Santo.
Não se pode negar que os Apóstolos já tinham o Espírito Santo, habitando com eles. É o que podemos entender do disposto em João 20:22 – “E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo”. Isto aconteceu no dia em que Jesus ressuscitou. Eles só foram batizados com o Espírito Santo cinquenta dias depois. Nesse período acreditamos não ser correto afirmar que eles eram “virgens loucas”.

  EM SANTIDADE E EM AMOR

Conforme Jesus Cristo ensinou, devemos amar uns aos outros assim como Ele nos amou (João 15:12). Este é o mandamento de Cristo e devemos pô-lo em prática. Sem o amor de uns para com os outros, a Igreja não tem condições de subsistir. Se não amamos os nossos irmãos, não temos como testificar que somos crentes (1João 2:9-11).
O amor é o cartão de identidade do salvo – “Aquele que ama a seu irmão está na luz, e nele não há escândalo” (1João 2:10). Foi o Senhor Jesus quem estabeleceu uma maneira de identificar os seus discípulos. Conforme disse Jesus, o salvo é identificado pelo seu viver em amor – “nisto conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (João 13:35).
Em santidade. Se o amor é a marca registrada do cristão, a santidade é o meio pelo qual ele poderá chegar a Deus (Hb 12:14) – “O que anda num caminho reto, esse me servirá” (Sl 101:6). Portanto, viver em santidade deve ser uma das características dos crentes salvos que estão esperando desejosos a volta do Senhor Jesus, porquanto esta é uma das exigências de Deus. “Como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: sede santos, porque eu sou santo”(1Pd 1:14-16).
Portanto, para viver como salvo esperando o retorno de Jesus é necessário o viver em santidade, principalmente o obreiro que precisa ser exemplo dos infiéis (1Tm 4:12). Muitos líderes preocupam-se, hoje em dia, com a santificação do povo de Deus sob sua responsabilidade, mas, a cada dia, estão a diminuir o espaço da Palavra de Deus nas reuniões. Cânticos e mais cânticos, apresentações de toda sorte, ensaios e mais ensaios tomam todo o tempo das atividades eclesiásticas. Desta maneira, não haverá mesmo como contribuir para que a igreja local promova a santificação dos crentes. Santificação vem com Palavra, Palavra, Palavra e, para finalizar, Palavra.


II. ATITUDES ERRÔNEAS DIANTE DA VINDA DE JESUS

     IGNORAR A VINDA DE JESUS. 

Certa feita, ao ensinar a respeito do seu retorno, Jesus contou uma parábola   sobre um servo fiel e prudente e um mau servo (Mt 24:45-51). Essa parábola se refere à volta visível de Cristo para a Terra como Messias-Rei. Mas o princípio aplica-se de igual modo ao Arrebatamento. Jesus mostra que um servo manifesta seu verdadeiro caráter pelo seu comportamento enquanto espera a volta do Senhor.
O que caracteriza o mau servo é a certeza de que “o senhor tarde viria” e, por causa disto, passa a espancar os conservos, a comer e a beber com os temulentos, isto é, com pessoas que se embriagam, que não têm uma conduta aprovada diante de Deus, ou seja, que se mistura com os pecadores, com os desregrados e os dominados com os vícios. O pecado é o fator que nos distancia de Deus (Is.59:2), é o elemento que impedirá que muitos crentes sejam arrebatados naquele dia (Mt 24:12). Como diz o início da terceira estrofe do hino 125 da Harpa Cristã: “Em santidade [Jesus] nos deve achar”.

     ESCARNECER DAS PROFECIAS

Sabendo primeiro isto: que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação”(2Pd 3:3-4). Um dos sinais da Vinda de Jesus é, exatamente, a incredulidade, ou a falta de esperança quanto a sua vinda. Os “escarnecedores” mencionados pelo apóstolo Pedro, não estão, por certo, entre os não evangélicos – estes nada sabem sobre a volta de Jesus -, eles estão entre aqueles que deveriam estar vigiando e esperando seu retorno. Esta incredulidade pode ser contagiante. Faz-se necessário vigiar, e crer que o Senhor Jesus, realmente, virá. Assim, se algum “escarnecedor” levantar dúvidas e perguntar: “onde está a promessa da sua vinda?”, possamos estar atentos para responder, com convicção, que a “promessa da sua vinda” está confirmada pelas próprias palavras ditas por Jesus, enquanto homem, aqui na Terra, quando afirmou: “ E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também”(Jo 14:3).


III. ATITUDES DO SERVO FIEL ANTE A VOLTA DO SENHOR.

NÃO DAR LUGAR A CARNE.

O mundo vive habitualmente segundo a carne, pois o espírito que conduz é determinado pela “ Operação do erro ( 2 Ts  2.11). ( 1 Ts  5.23 ). Os termos espírito, alma e corpo referem-se mais ao ser de uma pessoa, como um todo, do que as suas partes distintas.
Esta expressão e o modo de Paulo dizer que Deus deve estar envolvido em cada aspecto da nossa vida. É errado pensar que podemos separar a nossa vida espiritual do restante da nossa vida. obedecendo a Deus apenas sob certo sentido ou vivendo para Ele somente um dia por semana. Cristo deve controlar todo o nosso ser, não apenas nossa parte "religiosa '.

DAR FRUTO.

O Espírito de Deus nos é dado para que possamos andar de uma maneira diferente, mas não significa andar sob sua direção. Quem tiver o Espírito pode andar de modo para produzir frutos. Em contraste com as obras da carne, temos o modo de viver íntegro e honesto que a Bíblia chama “o fruto do Espírito”. Esta maneira de viver se realiza no crente à medida que ele permite que o Espírito dirija e influencie sua vida de tal maneira que ele (o crente) subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em comunhão com Deus (ver Rm 8.5-14 nota; 8.14 nota; cf. 2Co 6.6; Ef 4.2,3; 5.9; Cl 3.12-15; 2Pe 1.4-9). O fruto do Espírito inclui:

(1) “Caridade” (gr. agape), i.e., o interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca (Rm 5.5; 1Co 13; Ef 5.2; Cl 3.14).
(2) “Gozo” (gr. chara), i.e., a sensação de alegria baseada no amor, na graça, nas bênçãos, nas promessas e na presença de Deus, bênçãos estas que pertencem àqueles que crêem em Cristo (Sl 119.16; 2Co 6.10; 12.9; 1Pe 1.8; ver Fp 1.14 nota).
(3) “Paz” (gr. eirene), i.e., a quietude de coração e mente, baseada na convicção de que tudo vai bem entre o crente e seu Pai celestial (Rm 15.33; Fp 4.7; 1Ts 5.23; Hb 13.20).
(4) “Longanimidade” (gr. makrothumia), i.e., perseverança, paciência, ser tardio para irar-se ou para o desespero (Ef 4.2; 2Tm 3.10; Hb 12.1).
(5) “Benignidade” (gr. chrestotes), i.e., não querer magoar ninguém, nem lhe provocar dor (Ef 4.32; Cl 3.12; 1Pe 2.3).
(6) “Bondade” (gr. agathosune), i.e., zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos de bondade (Lc 7.37-50) ou na repreensão e na correção do mal (Mt 21.12,13).
(7) “Fé” (gr. pistis), i.e., lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa, compromisso, fidedignidade e honestidade (Mt 23.23; Rm 3.3; 1Tm 6.12; 2Tm 2.2; 4.7;Tt 2.10).
(8) “Mansidão” (gr. prautes), i.e., moderação, associada à força e à coragem; descreve alguém que pode irar-se com eqüidade quando for necessário, e também humildemente submeter-se quando for preciso (2Tm 2.25; 1Pe 3.15; para a mansidão de Jesus, cf. Mt 11.29 com 23; Mc 3.5; a de Paulo, cf.2Co 10.1 com 10.4-6; Gl 1.9; a de Moisés, cf. Nm 12.3 com Êx 32.19,20).
(9) “Temperança” (gr. egkrateia), i.e., o controle ou domínio sobre nossos próprios desejos e paixões, inclusive a fidelidade aos votos conjugais; também a pureza (1Co 7.9; Tt 1.8; 2.5). O ensino final de Paulo sobre o fruto do Espírito é que não há qualquer restrição quanto ao modo de viver aqui indicado. O crente pode — e realmente deve — praticar essas virtudes continuamente.
Nunca haverá uma lei que lhes impeça de viver segundo os princípios aqui descritos.

CONCLUSÃO
Em breve Jesus virá. Você está preparado para a sua vinda?  As consequências de nossas escolhas serão eternas. A salvação é individual. Que o Senhor nos ajude a ter consciência e vivência, dentro do padrão divino para esperarmos a volta de Jesus, conforme os ditames de sua santa Palavra, amando a sua vinda.



Sobre o autor: 
*Joseone Bezerra da Silva. É casado com Maria de Fatima Saraiva. Natural de Mossoró do Rio Grande do Norte-RN, onde congrega na Assembleia de Deus desde 2002 com o cargo de líder de setor de Discipulado. Formado em Bacharel em Teologia e pós graduado em ciências da Religião pela LOGOS  (Centro de Educacional Logos e Instituto de Teologia Reviver para Cristo), mestrado em Teologia (Universidade da Bíblia), Pós-graduado em Psicopedagogia (Apoena), exerce seu ministério com ênfase em Apologética, pregação, interpretação dos textos e aconselhamento bíblico.



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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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EARLE, Ralph; SANNER, A. Elwood e CHILDERS, Charles L. "Comentário Bíblico Beacon - Vol. 6". Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
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RENOVATO, Elinaldo. "O final de todas as coisas". Rio de Janeiro: CPAD, 2015
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